SUSTENTABILIDADE SOCIAL E ESTRESSE CORPORATIVO - CAUSAS
Como vivemos em um mundo globalizado, muito se tem falado sobre sustentabilidade empresarial.
O consultor Luiz Henrique de Paiva José, em seu texto “sustentabilidade na pequena empresa”, define, de forma muito simples, o que é uma empresa sustentável: “é a empresa que continua gerando lucros para seus acionistas sem causar impactos negativos aos outros stakeholders (partes interessadas) da empresa”.
E quem são os stakeholders? O mesmo autor assim os descreve: soa seus funcionários, seus clientes, seus concorrentes, o governo, o meio ambiente, a comunidade em torno da empresa, etc.
De uma forma geral, a sustentabilidade empresarial está ‘apoiada’ em três pilares:
Como vivemos em um mundo globalizado, muito se tem falado sobre sustentabilidade empresarial.
O consultor Luiz Henrique de Paiva José, em seu texto “sustentabilidade na pequena empresa”, define, de forma muito simples, o que é uma empresa sustentável: “é a empresa que continua gerando lucros para seus acionistas sem causar impactos negativos aos outros stakeholders (partes interessadas) da empresa”.
E quem são os stakeholders? O mesmo autor assim os descreve: soa seus funcionários, seus clientes, seus concorrentes, o governo, o meio ambiente, a comunidade em torno da empresa, etc.
De uma forma geral, a sustentabilidade empresarial está ‘apoiada’ em três pilares:
- sustentabilidade ambiental, relacionada aos cuidados com nosso planeta e com foca nas áreas de proteção ambiental, recursos renováveis, ecoeficiência, gestão de resíduos e gestão de riscos;
- sustentabilidade social, direcionada à dignidade humana e com foco nas seguintes áreas: direitos humanos, direitos dos trabalhadores, envolvimento com a comunidade, postura ética, etc.; e,
- sustentabilidade financeira, que visa a prosperidade através de: recursos econômicos, direitos dos acionistas, competitividade e relação entre clientes e fornecedores.
Dentro da sustentabilidade social, está, sem dúvida alguma, a melhoria constante da qualidade de vida dentro do ambiente de trabalho, visto que este ambiente é cada vez mais perverso no que diz respeito à saúde física e mental de seus colaboradores devido às demandas que o mundo globalizado impõe.
E um dos piores males dele decorrente é o estresse, considerado pela Organização Mundial da Saúde, como a epidemia do século XXI.
Para se ter uma idéia, 70% das pessoas sofrem deste mal, e destes, 30% sofrem de burnout, o estágio final do estresse, de acordo com dados do International Stress Management Association (ISMA).
Ainda mais, a mesma associação informa que, nos dias de hoje, o profissional trabalha, em média, 54 horas por semana, contra 48 horas de alguns anos atrás. E o que é pior: profissionais em cargos mais altos chegam a trabalhar 65 horas semanais.
Estas jornadas mais longas, aliadas a outros fatores como, por exemplo, não ter tempo para a prática de atividades físicas, noites mal dormidas (em qualidade e número de horas), alimentação desregrada, fazem com que o estresse, aos poucos, vai se manifestando. E, de repente, aparecem as doenças, físicas e/ou mentais, podendo levar o profissional a sofrer um ataque cardíaco ou um derrame cerebral.
Portanto, torna-se cada vez mais necessário a conscientização de que o ambiente corporativo, onde o profissional passa o maior número de horas diárias, é um ambiente onde que pode, sim, ser o responsável pelo aparecimento de doenças em seus colaboradores.
O desenvolvimento de práticas e ações que minimizem as causas do estresse corporativo é algo que deveria ser o item número 1 na agenda dos responsáveis pela gestão de pessoas e saúde corporativa.
Colaboradores sem qualidade de vida no trabalho, sem saúde e sujeito às demandas do mundo globalizado produzem cada vez menos, o que é ruim para a empresa que perde em competitividade e lucro e gasta mais na recuperação do seu colaborador.
Portanto, prevenção é a palavra-chave.
É necessário entender saúde e qualidade de vida dentro do ambiente de trabalho não como custo, mas como investimento onde todos lucram, com a finalidade de diminuir os índices de estresse. Entretanto, o que tem sido feito nesta área é muito pouco. Em sua tese de doutorado, a especialista Eliete B. Areliano verificou as principais ações de empresas focadas em qualidade de vida. Suas conclusões foram:
E um dos piores males dele decorrente é o estresse, considerado pela Organização Mundial da Saúde, como a epidemia do século XXI.
Para se ter uma idéia, 70% das pessoas sofrem deste mal, e destes, 30% sofrem de burnout, o estágio final do estresse, de acordo com dados do International Stress Management Association (ISMA).
Ainda mais, a mesma associação informa que, nos dias de hoje, o profissional trabalha, em média, 54 horas por semana, contra 48 horas de alguns anos atrás. E o que é pior: profissionais em cargos mais altos chegam a trabalhar 65 horas semanais.
Estas jornadas mais longas, aliadas a outros fatores como, por exemplo, não ter tempo para a prática de atividades físicas, noites mal dormidas (em qualidade e número de horas), alimentação desregrada, fazem com que o estresse, aos poucos, vai se manifestando. E, de repente, aparecem as doenças, físicas e/ou mentais, podendo levar o profissional a sofrer um ataque cardíaco ou um derrame cerebral.
Portanto, torna-se cada vez mais necessário a conscientização de que o ambiente corporativo, onde o profissional passa o maior número de horas diárias, é um ambiente onde que pode, sim, ser o responsável pelo aparecimento de doenças em seus colaboradores.
O desenvolvimento de práticas e ações que minimizem as causas do estresse corporativo é algo que deveria ser o item número 1 na agenda dos responsáveis pela gestão de pessoas e saúde corporativa.
Colaboradores sem qualidade de vida no trabalho, sem saúde e sujeito às demandas do mundo globalizado produzem cada vez menos, o que é ruim para a empresa que perde em competitividade e lucro e gasta mais na recuperação do seu colaborador.
Portanto, prevenção é a palavra-chave.
É necessário entender saúde e qualidade de vida dentro do ambiente de trabalho não como custo, mas como investimento onde todos lucram, com a finalidade de diminuir os índices de estresse. Entretanto, o que tem sido feito nesta área é muito pouco. Em sua tese de doutorado, a especialista Eliete B. Areliano verificou as principais ações de empresas focadas em qualidade de vida. Suas conclusões foram:
- 88% das corporações com programas e ações focadas em qualidade de vida estão na região sudeste do Brasil;
- 60% das empresas pesquisadas apontam o RH como a área responsável pelas ações;
- 68% das companhias ampliam os programas para os familiares e 30% incluem os terceirizados nestas ações: e,
- 85% das atividades em prol da qualidade de vida estão relacionadas aos cuidados e orientações com a alimentação e nutrição e 70% são ações focadas em saúde. O gerenciamento do estresse aparece na sexta posição em 29% das empresas.
Com relação ao estresse no trabalho, alguns dados quantitativos são, realmente alarmantes.
De acordo com o Disease American Institute of Stress, 78% dos entrevistados descrevem seu trabalho como altamente estressante, 75 a 90% de consultas médicas iniciais são devidas a problemas relacionados ao estresse e 60 a 80% dos acidentes de trabalho estão a ele relacionados.
Já para a Marlin Company, 33% dos entrevistados tem observado um aumento de enfermidades devido à ansiedade ou ao estresse na empresa: 27% relatam um aumento nos problemas emocionais como depressão, insônia, abuso do álcool e drogas ou conflitos familiares: 28% afirmam que a economia é a maior causadora do estresse e 31% dizem que houve um aumento no número de clientes difíceis de lidar.
A pesquisa da Northwestern National Life Insurance verificou que: um milhão de faltas ao trabalho estão relacionadas ao estresse; 27% dos colaboradores disseram que a maior causa de seu estresse é o trabalho; 46% consideram os níveis de estresse no trabalho muito alto ou extremamente alto; u m terço dos colaboradores já pensou em se demitir devido ao estresse no trabalho; e, 70% afirmam que o estresse do trabalho causou danos à sua saúde física e mental.
Considerando-se estes números, o foco deve se voltar ao combate e controle de suas causas. E quais são elas?
Este é o propósito deste texto: descrever de forma sucinta as principais causas do estresse no ambiente de trabalho. E estas não são poucas.
CAUSAS DO ESTRESSE NO AMBIENTE DE TRABALHO
1 – Relacionadas à conjuntura econômica
A – Quando há crescimento econômico
De acordo com o Disease American Institute of Stress, 78% dos entrevistados descrevem seu trabalho como altamente estressante, 75 a 90% de consultas médicas iniciais são devidas a problemas relacionados ao estresse e 60 a 80% dos acidentes de trabalho estão a ele relacionados.
Já para a Marlin Company, 33% dos entrevistados tem observado um aumento de enfermidades devido à ansiedade ou ao estresse na empresa: 27% relatam um aumento nos problemas emocionais como depressão, insônia, abuso do álcool e drogas ou conflitos familiares: 28% afirmam que a economia é a maior causadora do estresse e 31% dizem que houve um aumento no número de clientes difíceis de lidar.
A pesquisa da Northwestern National Life Insurance verificou que: um milhão de faltas ao trabalho estão relacionadas ao estresse; 27% dos colaboradores disseram que a maior causa de seu estresse é o trabalho; 46% consideram os níveis de estresse no trabalho muito alto ou extremamente alto; u m terço dos colaboradores já pensou em se demitir devido ao estresse no trabalho; e, 70% afirmam que o estresse do trabalho causou danos à sua saúde física e mental.
Considerando-se estes números, o foco deve se voltar ao combate e controle de suas causas. E quais são elas?
Este é o propósito deste texto: descrever de forma sucinta as principais causas do estresse no ambiente de trabalho. E estas não são poucas.
CAUSAS DO ESTRESSE NO AMBIENTE DE TRABALHO
1 – Relacionadas à conjuntura econômica
A – Quando há crescimento econômico
- busca individual para a conquista de mais espaço;
- relacionamentos competitivos;
- mudanças bruscas na carreira;
- medo do desconhecido (novos desafios);
- autocobrança;
- pressões inerentes ao crescimento econômico
B – Quando há crise econômica
- insegurança crescente (cortes de pessoal e desemprego);
- diminuição de investimentos na melhoria do ambiente de trabalho (saúde organizacional);
downsizing;
- aumento das tensões interpessoais;
- flutuações cambiais e incertezas econômicas.
2 – Relacionadas à mudanças
A – Determinadas pela empresa
- troca freqüente de pessoas;
- novas orientações;
- tensões decorrentes de uma grande diversidade no ambiente de trabalho;
- fusões e aquisições, levando a cortes e demissões;
B – Devido a novas tecnologias
- Tensões decorrentes de ter que se adaptar rapidamente às mesmas: aprendizado constante e rápido, treinamentos inadequados ou uso de tecnologias inadequadas.
C – Devidas ao mercado
- Exigências do mercado levam a mudanças de procedimentos no ambiente de trabalho e no desenvolvimento de atividades a ele relacionado. Ex.: perda de clientes, abertura de capital, aumento da concorrência, etc.
D – Auto-impostas
- exigências que fazemos de nós mesmos;
- adaptabilidade e resiliência;
- reciclagem constante (necessidade de aprendizado e adaptação constantes).
3 – Relacionadas ao ambiente de trabalho
- política de gestão do capital humano muito complicada (distância entre discurso e prática);
- desconhecimento do processo de avaliação de desempenho;
- desconhecimento do processo de avaliação de promoções;
- administradores autoritários e autocráticos;
- crueldade nas relações profissionais (rivalidade, competitividade interna, violência psicológica);
- novas diretorias e novas lideranças;
- cobranças relativas a desempenho e resultados;
- incapacidade de administrar o tempo;
- sobrecarga de trabalho (responsabilidades excessivas; horas extras, levar trabalho para casa, produzir o dobro na metade do tempo, etc.);
- estabelecimento de prazos irreais para a realização de tarefas:
- responder a mais de um chefe;
- conviver com pessoas difíceis e temperamentais;
- assédio moral;
- assédio sexual;
- bullying;
- má distribuição de tarefas (ambigüidade, conflito de papéis);
- intervalos irregulares para pausas;
- falta de clareza de regras, normas, etc.;
- falta de ferramentas adequadas;
- insatisfação salarial;
- ambiente desorganizado (comunicação pobre, deficiente ou inadequada, ausência de controle, etc.);
- medo de cortes e demissões;
- expectativas excessivas, conflitantes ou incertas sobre nós daqueles que nos cercam.
4 – Relacionadas à alta competitividade
- redução dos níveis hierárquicos;
- redução do pessoal;
- redução dos custos;
- redução dos recursos;
- cronogramas apertados (curtíssimo prazo).
5 – Relacionadas à atividade propriamente dita
- sensação de instabilidade (medo de demissão);
- sensação de insuficiência profissional;
- pressão para comprovar eficiência;
- impressão contínua de estar cometendo erros;
- falta de novos projetos;
- trabalho repetitivo ou desinteressante por longos períodos de tempo;
- falta de feedback;
- falta de reconhecimento e valorização;
- falta de perspectivas de crescimento profissional;
- desrespeito às opiniões de colaboradores subalternos;
- canais de comunicação sempre fechados com os colaboradores hierarquicamente superiores;
- mudanças rápidas para as quais os colaboradores não estão preparados;
- falta de autonomia ou de participação nos processos de decisão;
- falta de não ter o que fazer;
- ter uma atividade sem significado;
- não ter noção da importância de sua atividade para a corporação.
6 – Relacionadas às relações interpessoais
- repressão de emoções, angústias e frustrações;
- perda da espontaneidade (aparentar o que não se é);
- jogo do poder (tirania, perseguição, “puxação de tapete’, etc.);
- agressividade reprimida;
- falta de ajuda ou suporte de supervisores e colegas de trabalho;
- discriminação e preconceito racial, sexual, religioso, com pessoas portadoras de necessidades especiais, etc.;
- grosserias diretas.
7 – Relacionadas à carreira
- mudança de cidade ou de país para implementar a carreira;
- promoção com responsabilidades além das competências atuais;
- falta de oportunidades para novos treinamentos;
- falta de um plano de carreira;
- ausência de promoções.
8 – Relacionadas à ergonomia
- falta de equilíbrio térmico;
- falta de equilíbrio acústico;
- falta de equilíbrio luminoso;
- falta de equilíbrio na umidade e qualidade do ar;
- contato co m agentes agressivos à saúde (produtos tóxicos);
- quantidade de pessoas por metro quadrado;
- isolamento;
- mobiliário inadequado;
- atividades que exigem posturas não fisiológicas
- repetição contínua de movimentos danosos;
- permanência exagerada em atividades cansativas;
- ambiente não adaptado a colaboradores portadores de necessidades especiais.
Fica, agora, a pergunta: o que você e sua empresa estão fazendo para diminuir os altos índices de estresse no ambiente de trabalho? Se o desejo é investir nesta área, veja as vantagens que poderão ser conseguidas para a empresa:
- a promoção da saúde no ambiente de trabalho gera um retorno significativo do capital investido;
- o investimento em planejamento e prevenção é 4 a 5 vezes mais econômico do que a solução de problemas evitáveis (redução das despesas médicas);
- a modificação do comportamento gerado por programas bem planejados e gerenciados reduz o risco de doenças, custos relacionados, absenteísmo e turnover;
- funcionários mais ativos, motivados e conscientes irão produzir mais e melhor;
- chances maiores de recrutar melhores colaboradores;
- maior comprometimento dos colaboradores;
- melhor ambiente de trabalho;
- melhor imagem junto ao mercado.
Deixo apenas um conselho: pense muito seriamente sobre isso!
Autor: Dr. Luiz Roberto Fava - Cirurgião-dentista, especialista em Endodontia, desempenhando esta atividade há mais de 30 anos. Experiência de igual número de anos como professor, pesquisador clínico e conferencista de temas ligados à especialidade. Desde o ano de 2003 vem se dedicando ao estudo de temas ligados às áreas de qualidade de vida, motivação e sucesso, tendo já ministrados cursos, palestras e publicados artigos nestas áreas.
FONTE: Revista O Gerente - Newsletter do dia 05/08/2010
Autor: Dr. Luiz Roberto Fava - Cirurgião-dentista, especialista em Endodontia, desempenhando esta atividade há mais de 30 anos. Experiência de igual número de anos como professor, pesquisador clínico e conferencista de temas ligados à especialidade. Desde o ano de 2003 vem se dedicando ao estudo de temas ligados às áreas de qualidade de vida, motivação e sucesso, tendo já ministrados cursos, palestras e publicados artigos nestas áreas.
FONTE: Revista O Gerente - Newsletter do dia 05/08/2010
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